sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Um Coração



Um coração...
Buscando sentimento...
Pedindo amor...
Mendigando atenção...
Não se sabe... mas quer...
Desconhece... mas deseja...
Chama baixinho...
Sem gritos... mas com medo...
Um coração...
Que se perde...
Clama presença...
Vive ausência...
Percorrendo caminhos sem volta...
Apostando no tempo...
Gerando feridas que ainda vão doer...
Clamando o impossível para si...
Sem noção de sonho e realidade...
Um coração...
Amando sozinho...
Dividindo segredos com a Lua...
Não se sabe... mas confidencia...
Atravessando o vento...
Ocultando o lamento...
Sentindo cada estágio da dor...
Um por vez...
Um coração..
Que acredita cegamente...
em suas próprias ilusões...
Que briga com a razão...
Que foge da solidão...
Sonha e faz a vida surreal...
Sem separar a loucura do normal...
Um coração...
Querendo ser dois corações...
E assim fundir dois sentimentos...
extinguindo assim qualquer lamento...
Seduzir horas em dias...
Ser dois... que não se saibam...
mas que se amam!
Não se sabe... mas esperam...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Em meus ouvidos


Sussurra?
que sou mão única pra você seguir...
sem volta... pensamentos... desejos!
Sussurra?
que te inspiro... te aguço sentidos...
te provoco suspiros... inquietudes!
Sussurra?
que te alimento a alma...
em tardes incompletas,
em madrugadas sombrias...
Sussurra?
que sou seu doce sonho...
sonho de amor... loucura!
paixão... ternura!
Sussurra?
que em sua mente sou presença...
constante... latejante!
sugando aos poucos sua razão!
Sussurra?
que sou sua verdade mais nua...
insana... mas pura!

[Devaneios da Lua...]

sábado, 10 de janeiro de 2009

E agora?

Que se faça como o tempo inesquecível que não volta.
Por que o vago espaço que separa o meu ser mórbido
da parte importante que você se tornou.
Deve ser preenchido pela falta tua,
que se apresenta nos meus olhos entristecidos.
E pela fome de sentir a minha fala rude e insensata
que tanto agredia seus princípios.
Se os laços que nos prendiam pareciam ser
os mais fortes, quando nossa pele se tocava.
Mas no entanto, simplesmente se desfizeram
com uma leve brisa da desconfiança.
O calor do inesperado fim se tornou frio.
Frio o suficiente para enrigecer meus sentimentos.
E fazer com que minha alma fosse a unica coisa
Que a tua ausência não pudesse matar...

:(