sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Me decifra?

Desejo fluindo pelos poros...

pele pálida... de repente...arrepio...

Vontade que se mostra, destroça!

Alucina!
Perfume pairando no ar... sinto! sente?
Querer pulsando querer...
Corpos incendiados... quentes!
Possua minha alma! Comande!

Dance!

Leia meus pensamentos... aprenda!

Em "siglas"!

Desvende!
Entre... no meu mais profundo eu...

Descubra!
A profundidade do seu ser;
Os segredos da minha alma.... Explore!

Juntos descobrindo prazeres...
Em um único querer;
De desejos... vontades!
De sabores... gosto... cheiro!
De sentidos... duplos... incontáveis? Conte!
Reinventando novas formas de perpetuar o prazer.

Sentindo o deslizar de carícias na pele..
Corpos em chamas...convulsão!
Somos o que sentimos... excitação?

Sabemos o que sentimos... paixão!


Desejo constante... amantes!
Entorpece... embriaga!
Sorvendo fluidos...

Misturando sensações...
Entregando-se... dando-se!

Me decifra?.. realiza-me!

Faça-me TUA!

Não tenha medo da loucura!
Do gozo que pacifica o corpo,

Satisfaz-me a alma... me acalma!
Malícia de um desejo...
Inocência de um carinho...
Que brota... aflora...
Me leve ao céu, em terra.... Decifra-me!

Me decifra?
Entenda meus sonhos de menina... escondida!
Satisfaça meus desejos de mulher... atrevida!
Descubra meus desejos mais impuros, obscuros!
Decifra os meus anseios mais intensos, imensos...



Me decifra?

2 Comments:

Tiago Oliveira said...

Decifrar uma pessoa é tarefa dificil, ouso dizer que pode levar uma vida, ou duas, para se concluir.

Mas antes de decifrar o próximo, deveriamos decifrar a nós próprios.
Saber para onde queremos ir, entender nossas vontades e anseios.

Entender os próprios sentimentos, e ser sinceros com nossa alma.

Acho que não fiz sentido. Sofro desse mau.

Saudações de um Monocelha!

Unknown said...

Hoje deitei-me junto a uma jovem pura
como se na margem de um oceano branco,
como se no centro de uma ardente estrela
de lento espaço.

Do seu olhar largamente verde
a luz caía como uma água seca,
em transparentes e profundos círculos
de fresca força.

Seu peito como um fogo de duas chamas
ardía em duas regiões levantado,
e num duplo rio chegava a seus pés,
grandes e claros.

Um clima de ouro madrugava apenas
as diurnas longitudes do seu corpo
enchendo-o de frutas extendidas
e oculto fogo.


poema de neruda